segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Assista ao filme Romeu e Julieta

PARTE 1



PARTE 2

sábado, 24 de dezembro de 2011

Análise do livro Luciola - José de Alencar

Paulo é um jovem advogado que tinha o desejo de conhecer o Rio de Janeiro, enfim, em 1855 ele decidiu conhecer a cidade. Chegando lá, Paulo ficou encantado com uma jovem de olhar meigo e gestos angélicos. Seu amigo, Sá, percebeu que Paulo estava admirado por Lúcia e decidiu alertá-lo de que, ela não era uma moça de família. Se tratava de uma cortesã da mais distinta classe, e a mais bela. Todos os poderosos caiam a seus pés.
Paulo não acreditou no que o seu amigo contou e continuou com uma imagem cândida dessa bela moça. Um certo dia ele resolveu procurar a sua casa e enfim achou. Depois de horas de conversa, Lúcia se entregou à Paulo como um frenesi, cheio de volúpia. Passado esse dia, Lúcia mudou definitivamente suas atitudes para com Paulo, tratava-o com uma frieza sem igual, ele por sinal estava decidido a conquistar essa mulher.
Sá convidou Lúcia, Paulo e outras pessoas para uma festa em sua casa, onde o nosso querido advogado resolveu ir para ter a companhia da bela cortesã. Só que Paulo não sabia o que lhe reservava, seu amigo estava tramando para que Lúcia ficasse nua na frente de todos os convidados, e foi isso que aconteceu. Paulo quando viu essa cena repugnante saiu imediatamente da sala indignado com o que acabara de acontecer.
Minutos depois Lúcia saiu da sala quase chorando, ele viu e resolveu consolá-la, trocaram algumas palavras e se entregaram novamente sobre um berço espesso de relva. 
Lúcia decidiu se dedicar totalmente a seu amor, ela já não saia aos bailes, não tinha amantes, era outra pessoa, totalmente fiel. Ela mudou-se para uma casa menor e mais modesta, não esbanjava luxo.
Algum tempo depois ela confessou a sua verdadeira história pra Paulo: Seu verdadeiro nome era Maria sa Glória, sua familia era muito humilde, quando todos os membros caíram doentes, e só ela ficou de pé. Quando não havia mais recursos financeiro, resolveu pedir dinheiro na porta de casa, quando passou um homem chamado Cunha que lhe deu as moedas em troca de algo mais. Ingênua, não sabia o que aquilo significava, decidiu contar pro pai que compreendeu tudo errado, achou que ela tina um amante e a expulsou de casa. Sozinha na rua foi resgatada por uma senhora que a lançou nessa vida.
Um mês depois Lúcia tomou conhecimento de sua gravidez e depois de ter uma comoção violenta, adquire um aborto espontâneo que a leva para o túmulo. Paulo fica sozinho e cuida da irmã de Lúcia até se casar.
Luciola é um livro que chocou toda a sociedade no século XIX, mostra a história de uma cortesã que viveu como pecadora, mas que morreu como cristã. O objetivo deste livro foi, mostrar as pessoas que as cortesãs também tem coração, tem sentimento. Que só porque elas se lançaram numa vida mundana que perderam todas as suas virtudes, elas são capazes de mudar de vida. Por isso que esse livro foi escrito, para quebrar esse preconceito com as prostitutas, que ainda hoje no século XXI existe.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Assista ao filme Madame Bovary

Análise do filme Madame Bovary

Emma é uma jovem camponesa que vivia só com o seu pai em um sitio, um certo dia seu pai quebra a perna. Ai então é chamado o doutor Bovary, um pouco mais velho que Emma. A primeira vez que o médico viu a jovem, ele ficou encantado. A partir daí, eles começaram uma grande amizade que acabou em casamento.
Depois do casamento Emma ficou muito depressiva, ela não amava o seu marido e não podia ver na sua frente a sua pequena filha (Bertha). Emma não gostava do jeito simples e modesto do marido, ela gostava de luxo e de uma vida mais agitada.
Infeliz no seu casamento ela mantém um caso com Rodolphe, que dura 6 meses. Ela faz uma proposta à seu amante para fugirem, Rodolphe no primeiro ímpeto aceita, mas depois manda uma carta para Emma dizendo que não vai mais fugir com ela. O que seu amante realmente queria era uma aventura, ela o amava, mais ele não correspondia ao seu amor.
Depois de se decepcionar com Rodolphe, Emma resolve tratar seu marido melhor, ela achava que da afeição poderia surgir o amor, mas esse pensamento durou pouco. Ela caiu novamente em uma profunda depressão, que por custo conseguiu sair.
Passados algum tempo, Emma reencontra um velho amigo. E depois de alguns encontros iniciam um caso, que não durou muito. Seu marido Bovary enfrenta crises financeiras que afetaram toda a sua estrutura familiar, Emma com seu poder de sedução tenta levantar a quantia antes que as dividas fossem quitadas pelos fiadores, mas não consegue. Foi então que ela encontra uma saída, toma veneno que a mata em poucos dias, o seu marido não conformado com o fim de sua esposa também resolve morrer, e a filha do casal é levada para a casa da avó, onde foi criada.
Emma era uma menina cheia de escrúpulos, que não se contenta em viver num sitio. Ela quer subir de vida financeiramente, e é capaz de usar todo o seu poder de sedução para conseguir o que quer. A primeira saída dela era se casar com o médico Bovary para sair da pequena fazenda. Depois ela ficou deslumbrada com a vida da cidade e sempre queria coisas de boa qualidade. A sua beleza era a chave de todos os seus requintes, com ela, Emma conseguia tudo o que queria, mas quando ela não conseguiu tirar proveito com essa arma, decide tirar a própria vida

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Biografia de Mario de Andrade



Biografia, obras e estilo literário 
Mário de Andrade nasceu em São Paulo, no ano de 1893. Professor, crítico, poeta, contista, romancista e músico, formou-se pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, passando a lecionar neste mesmo local posteriormente. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo.
Durante sua trajetória, Mário de Andrade fundou a Sociedade de Etnografia e Folclore e também passou por vários cargos públicos, entre estes, foi diretor do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo. 
Apesar de ter sido uma pessoa com inúmeras ocupações, este artista modernista sempre tinha tempo para ajudar os escritores que ainda não eram conhecidos. 
Enquanto viveu, ele lutou pela arte com seu estilo de escrita puro e verdadeiro. Certo de que a inteligência brasileira necessitava de atualização, este escritor modernista nunca abandonou suas maiores virtudes: a consciência artística e a dignidade intelectual. 
Foram de sua autoria os versos de Paulicéia Desvairada, considerada o marco inicial da poesia modernista no Brasil. Uma outra obra deste artista que se destacou por sua contribuição ao movimento modernista foi o livro Macunaíma, romance onde é mostrado um herói que tem as qualidades e defeitos de um brasileiro comum.
Suas obras estão agrupadas em dezenove volumes com o título de Obras Completas. As principais são:

Poesia
Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917), Paulicéia Desvairada (1922), Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927), Remate de Males (1930), Poesias (1941), Lira Paulistana (1946), O Carro da Miséria (1946), Poesias Completas (1955).
RomanceAmar, Verbo Intransitivo (1927), Macunaíma (1928).
Contos
Primeiro Andar (1926), Belasarte (1934), Contos Novos (1947).
Crônicas
Os filhos da Candinha (1943).
Ensaios
A Escrava que não é Isaura (1925), O Aleijadinho de Álvares de Azevedo (1935), O Movimento Modernista (1942), O Baile das Quatro Artes (1943), O Empalhador de Passarinhos (1944), O Banquete (1978).
Reconhecido por sua contribuição na criação de idéias inovadoras, Mário de Andrade morreu em São Paulo no ano de 1945

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Assista ao maior clássico da literatura: A Dama das Camélias

Confira aqui os fimes baseados em livros

A Dama das Camélias (Baseado no livro de Alexandre Dumas Filho)


A Rainha Margot (Baseado no livro de Alexandre Dumas Filho)



Amor & Cia (Baseado no livro de Eça de Queirós)


Hamlet (Baseado no livro de William Shakespeare)


Julio César (Baseado no livro de Willian Shakespeare)


Macbeth (Baseado no livro de William Shakespeare)


Madame Bovary (Baseado no livro de Gustave Flaubert)


O Caçador de Pipas (Baseado no livro de Khaled Hosseini)


O Código da Vinci (Baseado no livro de Dan Brown)


O Concunda de Notre Dame (Baseado no livro de Victor Hugo)


O Crime do Padre Amaro (Baseado no livro de Eça de Queirós)



O Nome da Rosa (Baseado no livro de Umberto Eco)



Romeu e Julieta (Baseado no livro de William Shakespeare)



Shakespeare Apaixonado



domingo, 18 de dezembro de 2011

Análise da Saga Crepúsculo

Bom, os livros da escritora Stephanie Meyer conquistaram todo o mundo. É uma história de amor entre um vampiro e uma humana, que para concretizar esse amor passam por provações, que resulta no final feliz do casal.
É uma ótima história, mas na minha opinião a escritora poderia resumir mais o livro, porque ela passa dois ou três capítulos descrevendo a paisagem e seus sentimentos. O livro poderia ser melhor se Bella não sofresse tanto. No livro Crepúsculo, ela chegava a me deprimir. Ela era um exemplo de adolescente incomum, seu estilo pacato e esquisito me levou a sentir pena dela.
Em Lua Nova Bella sofreu mais ainda, com a partida de Edward. Ela passou meses inconformada com o abandono do seu namorado, e no decorrer da história ela se vê dividida entre o amor de Edward e a amizade de Jacob. É claro que ela amava o seu companheiro, mas isso não era motivo de se afastar dos seus amigos, quando poderia ocorrer o contrário, ela poderia se aproximar deles com o intuito de amenizar a sua dor.
Em Eclipse Bella ainda se vê dividida entre Edward e Jacob, mas ela começa a observar que Jacob poderia se mais que um amigo. Edward não gostava dessa situação em que sua amada se encontrava, mas mesmo assim a deixou livre para tomar sua decisão. E, é claro que ela escolheria Edward, porque senão a história não teria graça
Em Amanhecer, o casal está totalmente realizado, casaram-se e estavam em lua-de-mel. Mas a felicidade do casal poderia se prolongar se Bella não tivesse engravidado. A heroína toma a difícil decisão de não tirar sua filha que, a cada dia que se passava assassinava a sua mãe aos poucos. O parto foi muito complicado e gerou na morte de Bella, mas seu amado estava lá para lhe dar a mordida que lhe traria de volta à vida.
A história é ótima, eu assisti a todos os filmes e adorei. Mas eu acho que Bella poderia sofrer menos, ela poderia ser uma adolescente normal,  ela me dava muita pena. Olhar pra ela me deixava angustiada e triste.
Essa é a minha concepção...

Baixe apostilas sobre as Escolas Literárias

Conheça um pouco mais sobre as Escolas Literárias, baixe grátis:

Arcadismo:

Dadaísmo:

Impressionismo-Cubismo:

Linguagem Pós-Modernista no Brasil:

Literatura Contemporânea: 

Modernismo:

Neoclassicismo:

Parnasianismo-Simbolismo:

Pré-Modernismo:

Renascimento-Humanismo-Neoclassicismo:

Simbolismo na Europa e Brasil:

Tropicalismo na Ditadura:


Poema de Almeida Garrett: Este inferno de amar

Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembro: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...


Realismo X Naturalismo

O Realismo e o Naturalismo são escolas literárias muito parecidas. A sua função é informar o povo dos problemas sociais e patologias humanas. Veja as suas características:

Realismo: É uma escola literária que expõe os problemas sociais da burguesia, seu principal autor foi Machado de Assis, que escreveu seus livros mostrando que, o ser humano não é tão bom quanto parece e que o amor é algo que não existe.
Ele mostrou os problemas interiores vividos por seus personagens, seus livros envolvia traição, corrupção e infelicidade no casamento. Essas são as características do Realismo, é uma escola literária que expunha os problemas da alta classe com uma linguagem formal.

Naturalismo: É uma escola literária que, era direcionada a classe ''baixa'', seu principal autor foi Aluísio Azevedo que escrevia seus livros em uma linguagem informal e de baixo escalão. 
As características do Naturalismo são: Exaltação do sexo selvagem, doenças patológicas e linguagem informal e explicita.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Poema de Almeida Garrett: que anjo és tu?

Anjo és tu, que esse poder 
Jamais o teve mulher, 
Jamais o há-de ter em mim. 
Anjo és, que me domina 
Teu ser o meu ser sem fim; 
Minha razão insolente 
Ao teu capricho se inclina, 
E minha alma forte, ardente, 
Que nenhum jugo respeita, 
Covardemente sujeita 
Anda humilde a teu poder. 
Anjo és tu, não és mulher. 

Anjo és. Mas que anjo és tu? 
Em tua fronte anuviada 
Não vejo a c'roa nevada 
Das alvas rosas do céu. 
Em teu seio ardente e nu 
Não vejo ondear o véu 
Com que o sôfrego pudor 
Vela os mistérios d'amor. 
Teus olhos têm negra a cor, 
Cor de noite sem estrela; 
A chama é vivaz e é bela, 
Mas luz não têm. - Que anjo és tu? 
Em nome de quem vieste? 
Paz ou guerra me trouxeste 
De Jeová ou Belzebu? 

Não respondes - e em teus braços 
Com frenéticos abraços 
Me tens apertado, estreito!... 
Isto que me cai no peito 
Que foi?... - Lágrima? - Escaldou-me... 
Queima, abrasa, ulcera... Dou-me, 
Dou-me a ti, anjo maldito, 
Que este ardor que me devora 
É já fogo de precito, 
Fogo eterno, que em má hora 
Trouxeste de lá... De donde? 
Em que mistérios se esconde 
Teu fatal, estranho ser! 
Anjo és tu ou és mulher? 

Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'

Poema de Augusto dos Anjos: Versos Íntimos

Interpretação do poema de Augusto dos Anjos...

Assista ao video: O Surgimento da Literatura Brasileira

Conheça um pouco mais sobre o movimento em nosso país...

Resenha crítica: Literatura X História

Há quem diga que literatura é igual a história, pois eu digo que não é. Muitas pessoas se perguntam porque existem duas matérias com conteúdos iguais, quando na verdade uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Literatura: A Literatura é o estudo da linguagem desde o inicio dos séculos, o seu contexto é comparar os poemas de vários anos com os poemas de agora. Na verdade, essa disciplina quer nos familiarizar com a arte, ela quer nos mostrar um ambiente totalmente diferente do momento vivido agora.
A Arte faz parte da literatura, e isso é genial porque nós aprendemos sobre música, pinturas, poemas e outros pontos. A única coisa que a literatura tem a ver com a história é no contexto histórico, porque toda vez que surgia algum movimento literário, estava ocorrendo algum fato histórico, fora isso não tem nada a ver uma coisa com a outra.

História: A História é o estudo dos fatos históricos que mudaram a humanidade, na parte politica e social é claro. Nessa disciplina o que realmente nos interessa  são os acontecimentos politicos, as revoluções e as guerras.

Download de Livros

O livro que você está procurando se encontra aqui. Obras de diversos autores e gêneros variados, confira:

A Dama das Camélias - Alexandre Dumas Filho:
http://www.4shared.com/document/LdNa6OE_/A_Dama_das_Camlias.html?

Manon Lescaut - Ábade Prévost:
http://www.4shared.com/document/iTTN_yOa/Manon_Lescaut.html?

A Divina Comédia - Dante Alighieri:
http://www.4shared.com/document/Tbbovbcg/A-Divina-Comdia-Dante-Alighier.html

Dom Casmurro - Machado de Assis:
http://www.4shared.com/document/VLccv9og/dom-casmurro-de-machado-de-ass.html?

A Cartomante - Machado de Assis:
http://www.4shared.com/document/L6bObDib/Conto-A-Cartomante-de-Machado-.html?

Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis:
http://www.4shared.com/document/JeycEcFy/Memrias-Pstumas-de-Brs-Cubas-d.html?

O Alienista - Machado de Assis:
http://www.4shared.com/document/yosHVWM8/O_Alienista.html?

A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo:
http://www.4shared.com/document/9HqnpWH0/A_moreninha.html?

Iracema - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/Jr_70B9T/Iracema.html?

O Cortiço - Aluísio Azevedo:
http://www.4shared.com/document/jSd7YmD9/O_cortio.html?

Senhora - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/2qzB-rvq/Senhora.html?

Quincas Borba - Machado de Assis:
http://www.4shared.com/document/2Nk0lERt/Quincas_Borba.html?

Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco:
http://www.4shared.com/document/3y8bA6Ex/Amor_de_perdio.html?

Os Maias - Eça de Queiróz:
http://www.4shared.com/document/JnqxctuH/Os_maias.html?

As Vitimas Algozes - Joaquim Manuel de Macedo:
http://www.4shared.com/document/6rojiUWs/As_vitimas_algozes.html?

Helena - Machado de Assis:
http://www.4shared.com/document/dvTUSf6l/Helena.html?

O Primo Basílio - Eça de Queiróz:
http://www.4shared.com/document/u89Lw5xg/O_primo_basilio.html?

Escrava Isaura - Bernardo Guimarães:
http://www.4shared.com/document/etGSJLPj/Escrava_Isaura.html?

Luciola - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/uvD89FnW/Luciola.html?

O Mulato - Aluísio Azevedo:
http://www.4shared.com/document/n78ZQxBR/O_mulato.html?

O Sertanejo - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/u9e3EjCi/O_sertanejo.html?

A Pata da Gazela - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/MT9oBhIN/A_pata_da_gazela.html?

A Viuvinha - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/8HTMpdOK/A_viuvinha.html?

Clara dos Anjos - Lima Barreto:
http://www.4shared.com/document/kZP_gsEs/Clara_dos_anjos.html?

O Seminarista - Bernardo Guimarães:
http://www.4shared.com/document/3yjt1jdo/O_seminarista.html?

Encarnação - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/YXa7IlDP/Encarnao.html?

Sonhos d'Ouro - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/yXf6P4m7/Sonhos_douro.html?

Ubirajara - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/HXdE-7vW/Ubirajara.html?

Cinco Minutos - José de Alencar:
http://www.4shared.com/document/I4a1cRBH/Cinco_Minutos.html?

Inocência - Visconde Taunay:
http://www.4shared.com/document/81UyxIKw/Inocncia.html?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

As Vanguardas Européias

As vanguardas européias são os movimentos culturais que começaram na Europa no início do século XX, os quais iniciaram um tempo de ruptura com as estéticas precedentes, como o Simbolismo.
Nesse período, a Europa estava em clima de contentamento diante dos progressos industriais, dos avanços tecnológicos, das descobertas científicas e médicas, como: eletricidade, telefone, rádio, telégrafo, vacina anti-rábica, os tipos sanguíneos, cinema, RX, submarino, produção do fósforo. Ao mesmo tempo, a disputa pelos mercados financeiros (fornecedores e compradores) ocasionou a I Guerra Mundial.
O clima estava propício para o surgimento das novas concepções artísticas sobre a realidade. Surgiram inúmeras tendências na arte, principalmente manifestos advindos do contraste social: de um lado a burguesia eufórica pela emergente economia industrial e, de outro lado, a marginalização e descontentamento da classe proletária e a intensificação do desemprego (especialmente após a queda da bolsa de Nova Iorque em 1929).
O Brasil, por sua vez, passou de escravocrata para mão de obra livre, da Monarquia para República.
Os movimentos culturais desse período, responsáveis por uma série de manifestos, são: Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo, chamados de vanguardas européias.
“Vanguardas”, por se tratar de movimentos pioneiros da arte e da cultura e “européias” por terem origem na Europa.

A História da Literarura

Séculos VIII a.C. a II a.C.
As primeiras obras da História que se tem informação são os dois poemas atribuídos a Homero: Ilíada e Odisséia. Os dois poemas narram as aventuras do herói Ulisses e a Guerra de Tróia.  Na Grécia Antiga os principais poetas foram: Píndaro, Safo e Anacreonte. Esopo fica conhecido por suas fábulas e Heródoto, o primeiro historiador, por ter escrito a história da Grécia em seu tempo e dos países que visitou, entre eles o Egito Antigo.
Séculos I a.C. a II d.C. : A literatura na História de Roma Antiga
Vários estilos que se praticam até hoje, como a sátira, são originários da civilização romana. Entre os escritores romanos do século I a.C. podemos destacar: Lucrécio (A Natureza das Coisas); Catulo e Cícero. Na época de 44 a.C. a 18 d.C., durante o império de Augusto, corresponde uma intensa produção tanto em poesia lírica, com Horácio e Ovídio, quanto em poesia épica, com Virgílio autor de Eneida. A partir do ano 18, tem início o declínio da História do Império Romano, com as invasões germânicas. Neste período destacam-se os poetas Sêneca, Petrônio e Apuleio. 
Séculos III a X
Após a invasão dos bárbaros germânicos, a Europa se isola, forma-se o feudalismo e a Igreja Católica começa a controlar a produção cultural. A língua (latim) e a civilização latina são preservadas pelos monges nos mosteiros.A partir do século X começam a surgir poemas, principalmente narrando guerras e fatos de heroísmo.
Século XI : As Canções de Gesta e as Lendas Arturianas
É a época das Canções de Gesta, narrativas anônimas, de tradição oral, que contam aventuras de guerra vividas nos séculos VIII e IX , o período doImpério Carolíngio. A mais conhecida é a Chanson de Roland ( Canção de Rolando ) surgida em 1100. Quanto à prosa desenvolvida na Idade Média, destacam-se as novelas de cavalaria, como as que contam as aventuras em busca do Santo Graal (Cálice Sagrado) e as lendas do rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda.
Séculos XII a XIV : O trovadorismo e as cantigas de escárnio e maldizer
É o período histórico do trovadorismo e das poesias líricas palacianas. O amor impossível e platônico transforma o trovador num vassalo da mulher amada, exemplo do amor cortês. Neste período, também foi comum o poema satírico, representado pelas cantigas de escárnio (crítica indireta) e de maldizer (crítica direta). 
Séculos XIV ao XVI : Humanismo
O homem passa a ser mais valorizado com o início do humanismo renascentista. A literatura mantém características religiosas, mas nela já se podem ver características que  serão desenvolvidas no Renascimento, como a retomada de ideais da cultura greco-romana. Na Itália, podemos destacar:Dante Alighieri autor da Divina Comédia, Giovanni Bocaccio e Francesco Petrarca. Em Portugal, destaca-se o teatro do poeta de Gil Vicente autor de A Farsa de Inês Pereira.
Século XVI : O classicismo na História 
O classicismo tem como elemento principal o resgate de formas e valores da cultura clássica, ou seja greco-romana. O mais importante poeta deste período histórico foi  Luís de Camões que escreveu Os Lusíadas, narrando as aventuras marítimas da época dos descobrimentos.
Destacam-se também os franceses François Rabelais e Michel de Montaigne. Na Inglaterra, o poeta de maior sucesso foi William Shakespeare se destaca na poesia lírica e no teatro. Na Espanha, Miguel de Cervantes faz uma sátira bem humorada das novelas de cavalaria e cria o personagem Dom Quixote e seu escudeiro, Sancho Pança, na famosa obra Dom Quixote de La Mancha. 
Século XVII 
As idéias da Contra-Reforma marcaram profundamente esta época, principalmente nos países de tradição católica mais forte como, por exemplo, Espanha, Itália e Portugal.  Na França, a oratória sacra é representada por Jacques Bossuet que defendia a origem divina dos reis. Na Espanha, destacam-se os poetas Luís de Gôngora e Francisco de Quevedo. Na Inglaterra, marca significativamente a poesia de John Donne e John Milton  autor de O Paraíso Perdido.
Na dramaturgia podemos destacar as obras teatrais do escritor e dramaturgo francês Molière. Molière, atráves da sátira, denunciou de forma realista os grandes defeitos do comportamento humano, principalmente de burgueses e religiosos. Entre suas principais obras, podemos destacar: "Tartufo", "O Avarento" e "O burguês fidalgo".
Século XVIII: O Neoclassismo
Época da valorização da razão e da ciência para se chegar ao conhecimento humano. Os filósofos iluministas fizeram duras críticas ao absolutismo. Na França, podemos citar os filósofos MontesquieuVoltaire, Denis Diderot e D'Alembert, os organizadores da Enciclopédia, e Jean-Jacques Rousseau . Na Inglaterra, os poetas Alexander Pope, John Dryden, William Blake. Na prosa pode-se observar o pleno crescimento do romance.
Obras e autores deste período da História:  Daniel Defoe autor de Robinson Crusoe;  Jonathan Swift (As Viagens de Gulliver ); Samuel Richardson ( Pamela ); Henry Fielding ( Tom Jones );  Laurence Sterne ( Tristram Shandy ). Nessa época, os contos de As Mil e Uma Noites aparecem na Europa em suas primeiras traduções.
Século XIX (primeira metade): O Romantismo
No Romantismo há uma valorização da liberdade de criação. A fantasia e o sentimento são muito valorizados, o que permite o surgimento de obras de grande subjetivismo. Há também valorização dos aspectos ligados ao nacionalismo.
Poetas principais desta época:  Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, Giacomo Leopardi, James Fenimore Cooper,  Edgard Allan Poe.
Século XIX (segunda metade): O Realismo
Movimento que mostra de forma crítica a realidade do mundo capitalista e suas contradições. O ser humano é retratado em suas qualidades e defeitos, muitas vezes vitimas de um sistema difícil de vencer.
Principais representantes:  Gustave Flaubert autor de  Madame Bovary, Charles Dickens (Oliver Twist ), Charlotte Brontë (Jane Eyre), Emily Brontë (O Morro dos Ventos Uivantes), Fiodor Dostoievski, Leon Tolstoi, Eça de Queiroz, Cesário Verde, Antero de Quental e Émile Zola, Eugênio de Castro, Camilo Pessanha, Arthur Rimbaud, Charles Baudelaire.
Décadas de 1910 a 1930: fugindo do tradicional
Os escritores deste momento da História vão negar e evitar as tipos formais e tradicionais. É uma época de revolução e busca de novos caminhos e novos formatos literários.
Principais escritores deste período:  Ernest Hemingway, Gertrude Stein, William Faulkner. S. Eliot, Virginia Woolf , James Joyce, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Cesar Vallejo, Pablo Neruda,  Franz Kafka,  Marcel Proust, Vladimir Maiakovski.
Década 1940: a fase pessimista
O pessimismo e o medo gerados pela Segunda Guerra Mundial vai influenciar este período. O existencialismo de Jean-Paul Sartre , Simone de Beauvoir e Albert Camus vão influenciar os autores desta época. Na Inglaterra, George Orwell faz uma amarga e triste profecia do futuro na obra 1984.
Década de 1950: crítica ao consumismo
As obras desta época da História criticam os valores tradicionais e o consumismo exagerado imposto pelo capitalismo, principalmente norte-americano. O poeta Allen Ginsberg e o romancista Jack Kerouac são seus principais representantes. Henry Miller choca a crítica com sua apologia da liberdade sexual na obra Sexus, Plexus, Nexus. Na Rússia,  Vladimir Nabokov faz sucesso com o romance Lolita.
Décadas de 1960 e 1970 
Surge o realismo fantástico, como na ficção dos argentinos Jorge Luis Borges e Julio Cortázar . Na obra do colombiano Gabriel Garcia Márquez , Cem Anos de Solidão, se misturam o realismo fantástico e o romance de caráter épico. São épicos também alguns dos livros da chilena Isabel Allende autora de A Casa do Espíritos. No Peru, Mario Vargas Llosa é o romancista que ganha prestígio internacional. No México destacam-se Juan Rulfo e Carlos Fuentes, no romance, e Octavio Paz, na poesia.
A literatura muda o foco do interesse pelas relações entre o homem e o mundo para uma crítica da natureza da própria ficção. Um dos mais importantes escritores a incorporar essa nova concepção é o italiano Ítalo Calvino.

domingo, 2 de outubro de 2011

Modernismo

O modernismo no Brasil tem como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, no ano de 1922, considerada um divisor de águas na história da cultura brasileira. O evento - organizado por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência - declara o rompimento com o tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte academica. A defesa de um novo ponto de vista estético e o compromisso com a independência cultural do país fazem do modernismo sinônimo de "estilo novo", diretamente associado à produção realizada sob a influência de 1922. Heitor Villa-Lobos na música; Mário de Andrade e Oswald de Andrade, na literatura; Victor Brecheret, na escultura; Anita Malfatti e Di Cavalcanti, na pintura, são alguns dos participantes da Semana, realçando sua abrangência e heterogeneidade. Os estudiosos tendem a considerar o período de 1922 a 1930, como a fase em que se evidencia um compromisso primeiro dos artistas com a renovação estética, beneficiada pelo contato estreito com as vanguardas européias (cubismofuturismosurrealismo etc.). Tal esforço de redefinição da linguagem artística se articula a um forte interesse pelas questões nacionais, que ganham acento destacado a partir da década de 1930, quando os ideais de 1922 se difundem e se normalizam. Ainda que o modernismo no Brasil deva ser pensado a partir de suas expressões múltiplas - no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco etc. - a Semana de Arte Moderna é um fenômeno eminentemente urbano e paulista, conectado ao crescimento de São Paulo na década de 1920, à industrialização, à migração maciça de estrangeiros e à urbanização.
Apesar da força literária do grupo modernista, as artes plásticas estão na base do movimento. O impulso teria vindo da pintura, da atuação de Di Cavalcanti à frente da organização do evento, das esculturas de Brecheret e, sobretudo, da exposição de Anita Malfatti, em 1917. Os trabalhos de Anita desse período (O Homem Amarelo, a Estudante Russa, A Mulher de Cabelos Verdes, A Índia, A Boba, O Japonês etc.) apresentam um compromisso com os ensinamentos da arte moderna: a pincelada livre, a problematização da relação figura/fundo, o trato da luz sem o convencional claro-escuro. A obra de Di Cavalcanti segue outra direção. Autodidata, Di Cavalcanti trabalha como ilustrador e caricaturista. O traço simples e estilizado se tornará a marca de sua linguagem gráfica. A pintura, iniciada em 1917, não apresenta orientação definida. Suas obras revelam certo ecletismo, alternando o tom romântico e "penumbrista" (Boêmios, 1921) com as inspirações em Pablo Picasso, Georges Braque e Paul Cézanne, que o levam à geometrização da forma e à exploração da cor (Samba e Modelo no Atelier, ambas de 1925). Os contrastes cromáticos e os elementos ornamentais da pintura de Henri Matisse, por sua vez, estão na raiz de trabalhos como Mulher e Paisagem, 1931. A formação italiana e a experiência francesa marcam as esculturas de Brecheret. Autor da maquete doMonumento às Bandeiras, 1920, e de 12 peças expostas na Semana (entre elas, Cabeça de Cristo, Daisy e Torso), Brecheret é o escultor do grupo modernista, comparado aos escultores franceses Auguste Rodin e Emile Antoine Bourdelle pelos críticos da época.
Tarsila do Amaral não esteve presente ao evento de 1922, o que não tira o seu lugar de grande expoente do modernismo brasileiro. Associando a experiência francesa - e o aprendizado com André Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger - aos temas nacionais, a pintora produz uma obra emblemática das preocupações do grupo modernista. Da pintura francesa, especialmente das "paisagens animadas" de Léger, Tarsila retira a imagem da máquina como ícone da sociedade industrial e moderna. As engrenagens produzem efeito estético preciso, fornecendo uma linguagem aos trabalhos: seus contornos, cores e planos modulados introduzem movimento às telas, como em E.F.C.B., 1924 e A Gare,1925. A essa primeira fase "pau-brasil", caracterizada pelas paisagens nativas e figurações líricas, segue-se um curto período antropofágico, 1927-1929, que eclode comAbaporu, 1928. A redução de cores e de elementos, as imagens oníricas e a atmosfera surrealista (por exemplo, Urutu, O Touro e O Sono, de 1928) marcam os traços essenciais desse momento. A viagem à URSS, em 1931, está na origem de uma guinada social na obra de Tarsila (Operários, 1933), que coincide com a inflexão nacionalista do período, exemplarmente representada por Candido Portinari. Portinari pode ser tomado como expressão típica do modernismo de 1930. À pesquisa de temas nacionais e ao forte acento social e político dos trabalhos associam-se o cubismo de Picasso, o muralismomexicano e a Escola de Paris (entre outros, Mestiço, 1934, Mulher com Criança, 1938 e O Lavrador de Café, 1939). Lasar Segall, formado no léxico expressionista alemão, aproxima-se dos modernistas em 1923, quando se instala no país. Parte de sua obra, ampla e diversificada, registra a paisagem e as figuras locais em sintonia com as preocupações modernistas (Mulato 1, 1924, O Bebedouro e Bananal, 1927).
Ainda que o termo modernismo remeta diretamente à produção realizada sob a égide de 1922 - na qual se incluem também os nomes de Vicente do Rego MonteiroAntonio GomideJohn Graz e Zina Aita - a produção moderna no país deve ser pensada em chave ampliada, incluindo obras anteriores à década de 1920 - as de Eliseu Visconti eCastagneto, por exemplo -, e pesquisas que passaram ao largo da Semana de Arte Moderna, como as dos artistas ligados ao Grupo Santa Helena (Francisco ReboloAlfredo VolpiClóvis Graciano etc.).

Simbolismo


A publicação de Broquéis e Missal (1893), de João da Cruz e Souza, inaugura este movimento, que se caracteriza por melancolia, gosto dos ritmos fluidos e musicais, incluindo o uso de versos livres; uso de imagens incomuns e ousadas. O cuidado na evocação das cores e de seus múltiplos matizes mostra, também, uma influência do Impressionismo.
Alphonsus de Guimaraens (Câmara ardente) é um outro grande nome desse período. O simbolista tardio Guilherme de Almeida (Eu e você) funciona como uma ponte entre essa fase e o pré-modernismo. Uma figura isolada é Augusto dos Anjos (Eu e outras poesias), fascinado pelo vocabulário e os conceitos da ciência e da filosofia, que faz uma poesia de reflexão metafísica e de denúncia da injustiça social.
João da Cruz e Souza (1861-1898), filho de escravos libertos, luta pelo abolicionismo e contra o preconceito racial. Muda-se de Santa Catarina para o Rio de Janeiro, onde trabalha na Estrada de Ferro Central e colabora no jornal Folha Popular. A sua poesia é marcada pela sublimação do amor e pelo sofrimento vindo do racismo, da pobreza, da doença. Renova a poesia no Brasil com Broquéis e Missal. Em Últimos sonetos trata a morte como a única forma de alcançar a liberação dos sentidos.

TEATRO

A exemplo do realismo, tem seu auge durante a segunda metade do século XIX. Além de rejeitarem os excessos românticos, os simbolistas negam também a reprodução fotográfica dos realistas. Preferem retratar o mundo de modo subjetivo, sugerindo mais do que descrevendo. Para eles, motivações, conflitos, caracterização psicológica e coerência na progressão dramática têm importância relativa.
Autores simbolistas – Os personagens do Pelleas e Melisande, do belga Maurice Maeterlinck, por exemplo, são mais a materialização de idéias abstratas do que seres humanos reais. Escritores como Ibsen, Strindberg, Hauptmann e Yeats, que começam como realistas, evoluem, no fim da carreira, para o simbolismo. Além deles, destacam-se o italiano Gabriele d'Annunzio (A filha de Iorio), o austríaco Hugo von Hofmannsthal (A torre) e o russo Leonid Andreiev (A vida humana).
Auguste Strindberg (1849-1912) nasce em Estocolmo, Suécia, e é educado de maneira puritana. Sua vida pessoal é atormentada. Divorcia-se três vezes e convive com freqüentes crises de esquizofrenia. Strindberg mostra em suas peças – como O pai ou A defesa de um louco – um grande antagonismo em relação às mulheres. Em Para Damasco cria uma obra expressionista que vai influenciar diversos dramaturgos alemães.
Espaço cênico simbolista – Os alemães Erwin Piscator e Max Reinhardt e o francês Aurélien Lugné-Poe recorrem ao palco giratório ou desmembrado em vários níveis, à projeção de slides e títulos explicativos, à utilização de rampas laterais para ampliar a cena ou de plataformas colocadas no meio da platéia. O britânico Edward Gordon Craig revoluciona a iluminação usando, pela primeira vez, a luz elétrica; e o suíço Adolphe Appia reforma o espaço cênico criando cenários monumentais e estilizados.
Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br
Simbolismo

CONTEXTO

Simbolismo - que também foi chamado de Decadentismo, Impressionismo, Nefelibatismo - surgiu na França, por volta de 1880, e de lá difundiu-se internacionalmente, abrangendo vários ramos artísticos, principalmente a poesia. O período era de profundas modificações sociais e políticas, provocadas fundamentalmente pela expansão do capitalismo, na esteira da industrialização crescente, e que convergiram para, dentre outras conseqüências, a I Guerra Mundial. Na Europa haviam germinado idéias científico-filosóficas e materialistas que procuravam analisar racionalmente a realidade e assim apreender as novas transformações; essas idéias, principalmente as do positivismo, influenciaram movimentos literários como o Realismo e o Naturalismo, na prosa, e o Parnasianismo, na poesia.
No entanto, os triunfos materialistas e científicos não eram compartilhados ou aceitos por muitos estratos sociais, que haviam ficado ao largo da prosperidade burguesa característica da chamada "belle époque"; pelo contrário, esses grupos alertavam para o mal-estar espiritual trazido pelo capitalismo. Assim, como afirmou Alfredo Bosi, "do âmago da inteligência européia surge uma oposição vigorosa ao triunfo da coisa e do fato sobre o sujeito - aquele a quem o otimismo do século prometera o paraíso mas não dera senão um purgatório de contrastes e frustrações". A partir dessa oposição, no campo da poesia, formou-se o Simbolismo.
O movimento simbolista tomou corpo no Brasil na década de 1890, quando o país passava também por intensas e radicais transformações, ainda que diversas daquelas vivenciadas na Europa. O advento da República e a abolição da escravatura modificaram as estruturas políticas e econômicas que haviam sustentado a agrária e aristocrática sociedade brasileira do Império. Os primeiros anos do regime republicano, de grande instabilidade política, foram marcados pela entrada em massa de imigrantes no país, pela urbanização dos grandes centros - principalmente de São Paulo, que começou a crescer em ritmo acelerado -, e pelo incremento da indústria nacional.
Nas cidades, a classe média se expandiu, enquanto a operária começou a tornar-se numerosa. No campo, aumentaram as pequenas propriedades produtivas e o colonato. A jovem república federativa, que ainda definia os limites de seu território, conheceu a riqueza efêmera da borracha na Amazônia e a prosperidade trazida pela diversificação da produção agrícola no Rio Grande do Sul. Mas era o café produzido no Centro-Sul a força motriz da economia brasileira, e de seus lucros alimentou-se a poderosa burguesia que determinava o destino de grande parte dos projetos políticos, financeiros e culturais do país.
No Brasil ainda sustentado pela agricultura e dependente de importações de produtos manufaturados, máquinas e equipamentos, a indústria editorial engatinhava. O público leitor era reduzido, já que a maior parte da população era analfabeta. As poucas editoras existentes concentravam-se no Rio de Janeiro e lançavam autores de preferência já conhecidos do público, em tiragens pequenas, impressas em Portugal ou na França, e mal distribuídas. Era principalmente nas páginas de periódicos que circulavam as obras literárias, e onde se debatiam os novos movimentos estéticos que agitavam os meios artísticos. Foi por meio do jornal carioca Folha Popular que formou-se o grupo simbolista liderado por Cruz e Souza, provavelmente o mais importante a divulgar a nova estética no país.
Também por força dessas circunstâncias, muitos autores do período colaboraram como cronistas para jornais e revistas, atividade que contribuiu para a profissionalização do escritor brasileiro. Raul Pompéia, ficcionista ligado ao Realismo, foi um deles, e abordou importantes acontecimentos e debates da época em suas crônicas, como a questão do Voto Feminino e Voto Estudantil ou os problemas da Viação Urbana. Além dos periódicos, as conferências literárias eram outra fonte de renda e de divulgação para os autores brasileiros, que também costumavam freqüentar salões artísticos promovidos por membros da elite, como a Vila Kyrial de José de Freitas Vale, senador, mecenas e autor de versos simbolistas que posteriormente patroneou autores modernistas.
Os simbolistas contribuíram muito para a evolução do mercado de periódicos, pois lançaram grande número de revistas, em vários estados brasileiros. Ainda que os títulos durassem, na maioria das vezes, apenas alguns números, o que é também indicativo da fragilidade do mercado editorial e da cena literária, representaram grande avanço no setor, notavelmente pelo apuro gráfico. Dentre os periódicos simbolistas destacam-se as cariocas Rio-Revista e Rosa-Cruz, as paranaenses Clube Curitibano e O Cenáculo, as mineiras Horus e A Época, a cearense A Padaria Espiritual, a baiana Nova Cruzada, entre muitas outras. No começo do século XX, foram publicadas revistas que ficariam famosas pela qualidade editorial e gráfica, como Kosmos e Fon-Fon!. As inovações formais e tipográficas praticadas pelos simbolistas, como os poemas figurativos, as páginas coloridas, os livros-estojo exigiam grande requinte técnico e, por conseqüência, terminaram por ajudar a melhorar a qualidade da indústria gráfica no país.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Os poetas simbolistas acreditavam que a realidade é complexa demais pra ser apreendida e descrita de maneira objetiva e racional, como pretendiam os realistas e parnasianos. Eles voltaram-se para o universo interior e os aspectos não-racionais e não-lógicos da vida, como o sonho, o misticismo, o transcendental. Propunham o exercício da subjetividade contra a objetividade - retomando, de modo diferente, o individualismo romântico.
É preciso diferenciar, todavia, poesia simbolista de poesia simbólica. Como afirma o crítico Afrânio Coutinho, "nem toda literatura que usa o símbolo é simbolista. A poesia universal é toda ela na essência simbólica".
Simbolismo, para Coutinho, "posto não constituísse uma unidade de métodos, antes de ideais, procurou instalar um credo estético baseado no subjetivo, no pessoal, na sugestão e no vago, no misterioso e ilógico, na expressão indireta e simbólica. Como pregava Mallarmé, não se devia dar nome ao objeto, nem mostrá-lo diretamente, mas sugeri-lo, evocá-lo pouco a pouco, processo encantatório que caracteriza o símbolo."
No Brasil, onde o Parnasianismo dominava o cenário poético, a estética simbolista encontrou resistências, mas animou a criação de obras inovadoras. Desde o final da década de 1880 as obras de simbolistas franceses, entre eles Baudelaire e Mallarmé, e portugueses, como Antonio Nobre e Camilo Pessanha, vinham influenciando grupos como aquele que se formou em torno da Folha Popular, no Rio, liderado por Cruz e Souza e integrado por Emiliano Perneta, B. Lopes e Oscar Rosas. Mas foi com a publicação, em 1893, de Missal, livro de poemas em prosa, e Broquéis, poemas em versos, ambos de Cruz e Souza, que principiou de fato o movimento simbolista no país - embora a importância desses livros e do próprio movimento só tenha sido reconhecida bem mais tarde, com as vanguardas modernistas.
Entre as inovações formais que caracterizam o Simbolismo estão a prática do verso livre, em oposição ao rigor do verso parnasiano, e o uso de "uma linguagem ornada, colorida, exótica, poética, em que as palavras são escolhidas pela sonoridade, ritmo, colorido, fazendo-se arranjos artificiais de parte ou detalhes para criar impressões sensíveis, sugerindo antes que descrevendo e explicando", de acordo com Afrânio Coutinho.
Traços formais característicos do Simbolismo são a musicalidade, a sensorialidade, a sinestesia (superposição de impressões sensoriais). O antológico poema Antífona, de Cruz e Souza, é exemplar nesse sentido; sugestões de perfumes, cores, músicas perpassam todo o poema, cuja linguagem vaga e fluida é plena de recursos sonoros como aliterações e assonâncias. Há também em Antífona referências a elementos místicos, ao sonho, a mistérios, ao amor erótico, à morte, os grandes temas simbolistas.
Ainda com relação à forma, o soneto foi cultivado pelos simbolistas, mas não com a predileção manifestada pelos parnasianos, nem com sua paixão descritiva. Em sonetos como Incenso, de Gilka Machado, e Acrobata da Dor, de Cruz e Souza, está presente a linguagem que sugere, em lugar de nomear ou descrever, além de elementos como o questionamento da razão, a dor da existência, o interesse pelo mistério, a transcendência espiritual, que são característicos do Simbolismo. Lembre-se a propósito, também, do poema O Soneto, de Cruz e Souza, em que a linguagem poética simbolista transfigura e recria a forma da composição soneto.
É importante lembrar que as correntes simbolistas e parnasianas coexistiram e se influenciaram mutuamente; assim, há na obra de adeptos do Simbolismo traços da estética parnasiana e, do mesmo modo, impregnações simbolistas na obra de poetas ligados ao Parnasianismo, como Francisca Júlia.
Simbolismo e o Parnasianismo, segundo José Aderaldo Castello, projetaram-se nas primeiras décadas do século XX, "deixando importante legado para herdeiros que se fariam grandes poetas do Modernismo". O Simbolismo, porém, "mais do que os adeptos da poesia ‘científico-filosófica’ e realista, provocou o debate, aguçando o confronto de gerações."
Os principais autores simbolistas brasileiros são Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens, mas merecem destaque também Gilka Machado e Augusto dos Anjos.
Cruz e Souza é considerado o maior poeta simbolista brasileiro, e foi mesmo apontado pelo estudioso Roger Bastide como dos maiores poetas do Simbolismo no mundo. Para a crítica Luciana Stegagno-Picchio, "ao firme, sapiente universo do parnasiano, à estátua, ao mármore, mas também ao polido distanciamento e ao sorriso, o simbolista Cruz e Souza contrapõe seu universo sinuoso, mal seguro, inquietante, misterioso, alucinante". Negro, o poeta sofreu preconceitos terríveis, que marcaram de diversos modos sua produção poética. Os críticos costumam indicar a "obsessão" pela cor branca em seus versos, repletos de brumas, pratas, marfins, linhos, luares, e de adjetivos como alva, branca, clara. Mas Cruz e Souza também expressou as dores e injustiças da escravidão em poemas como Crianças Negras e Na Senzala.
A obra de Alphonsus de Guimaraens é fundamentada pelos temas do misticismo, do amor e da morte. Em poemas como A Catedral e A Passiflora, repletos de referências católicas, a religiosidade é o assunto principal. O poeta também voltou-se para outro tema caro aos simbolistas, o interesse pelo inconsciente e pelas zonas profundas e desconhecidas da mente humana. Ismália, talvez seu poema mais conhecido, tematiza justamente a loucura. O amor, em sua poesia, é o amor perdido, inatingível, pranteado, como em Noiva e Salmos da Noite; reminiscências da morte prematura da mulher que amou na juventude.
Gilka Machado "foi a maior figura feminina de nosso Simbolismo", segundo o crítico Péricles Eugênio da Silva Ramos. Seus poemas, de intenso sensualismo, chegaram a causar escândalo, mas revelaram novas maneiras de expressar o erotismo feminino. Emiliano Perneta também imprimiu forte sensualismo em seus versos, característicos além disso pelo satanismo e decadentismo.
Sua poesia, para Andrade Muricy, é "a mais desconcertante e variada que o simbolismo produziu entre nós". Já a obra de Augusto dos Anjos - extremamente popular, diga-se de passagem - é única, e há grande dificuldade entre a crítica para classificá-la. Seus poemas, que chegam a ser expressionistas, recorrem a uma linguagem cientifista-naturalista, abundante de termos técnicos, para tematizar a morte, a destruição, o pessimismo e mesmo o asco diante da vida.
Referências
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti; prefácio Rodrigo Naves. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. xxiv, 709 p., il. color.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3.ed. São Paulo: Cultrix, 1997. 582pp.
CHALVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 584 p.
LAGARDE, André & MICHARD, Laurent. XIXème siècle. Paris, Bordas, 1985, 578 pp. il. p&b. color. (Collection littéraire Lagarde et Michard)
LA NUOVA ENCICLOPEDIA DELL'ARTE GARZANTI. MILÃO: Garzanti Editore, 1986. 1112p. il. p&b, color.
Fonte: www.itaucultural.org.br